A saudade bateu aqui em casa.
Abri a porta de forma ingênua
e a deixei entrar.
Talvez, não tenha entendido
o que ela veio me contar.
Talvez, fiz-me de surdo para não escutar.
Ela falou sobre a distância,
já eu, contei pra ela que nada tem mais importância
do que meu sentimento por ti.
E toda centrada com sua arrogância,
tentou me comprar com tristeza e ignorância.
Mas nada me afasta dos planos que contigo eu escrevi.
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
Mandei a Saudade Ir Embora.....
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Murmúrio ao Pé do Ouvido
Sempre achei que a beleza da vida estava nas interrogações e que era inútil ter certeza. Devir com caso e ao sabor do vento, esse era meu lema. Hoje, anos mais velho, me arrependo de não ter determinado algumas certezas na minha vida. Tenho 20 e alguns anos e sonhei ser tanta coisa que hoje, concretamente, não consigo ser nada.
- Bem vindo ao mundo real, seu bosta!
Pierrot Sampaio
sábado, 9 de outubro de 2010
Intermitência da Memória
Seu rosto já nem me lembro mais
Se perdeu junto com o que não foi
Tudo em nós foi porto, aeroporto, despedida
E o resto de carinho guardado no colo
Se esvaiu-se tão etéreo como álcool.
Se a poesia pudesse falar
Murmuraria o teu maldito nome
Entre molduras de camas e roupas perdidas
Nas delícias efêmeras da madrugada
Mas tua sombra persiste num
Pós-pôr-do-sol que nunca acaba
Na intermitência da memória
Na sofreguidão solitária sentida a dois.
Porque é tão curto amor e tão longo o esquecimento???
FEL E FÉ
Desejo de Canto de Céu de Boca
Preencho os vazios de forma ríspida e acintosa
O tempo que não é meu
Pertence ao tempo
E ao tempo ele voltará.
Nada foi me dado de bom grado
Minha sina é procurar um nem sei o que
Quatro anos, algumas vidas transpassadas
E hoje, nem do seu sorriso me lembro mais.
Eu queria você agora e não esse agosto com gosto de mal amar
No canto do céu da boca
RECADO PARA MANUEL BANDEIRA
versos, métricas e citações
nada servem.
os neologismos foram enterrados
junto com o que devera.
nobre bandeira...
o que fizeram
"do beijo pouco, falo menos ainda??"
tudo hoje é tão intransitivo.
a duros golpes de chicotes
forçam a poesia ser sempre revolucionária.
uma espécie de menchevic léxico-morfológico-gramatical.
estou farto desta contínua e mutável
transgressionalidade poética
tudo hoje quer ser novo de novo.
eu, minha cuca e minha escrita
querem ficar um pouquinho mais velha....
CUSTÓDIO
A vida é mesmo assim, gestos algozes de um prazer
Loucuras sãs sob o céu azul
Na estrada deste fenecer o marco não marca mais
Como um eu de mim, o sol a tocar o chão
E agora que o seu calor eunuco e sem ardor
É tato vão, luz sem razão é só dor
Em minhas barbas olhos secos, vivo chorando mentiras
Fugindo pelo avesso do incessante amanhã
Me disfarço em segredos como unhas arranhando brinquedos
Sem satisfação
Pois sei....
Que ver você e não te ter é ter amor sem coração
É querer ser e não poder ou querer ver na escuridão
É ser alado e ter roubado o que me dava amplidão
É ter o custódio sempre ao pódio do azar....
Solidão...
(Marcelo Weber/ Pierrot Sampaio/ Ivan Marques/ Felipe Magalhães)
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